O marketing é como o rock: nunca morre, só muda de ritmo
Já tentaram decretar sua morte inúmeras vezes. Mas o marketing, como o rock, sempre volta. Às vezes mais barulhento. Outras, mais sofisticado. Mas sempre vivo. E a mágica não está em repetir fórmulas. Está em se adaptar. Se reinventar. Surpreender.
Só que, sejamos honestos: isso está longe de ser simples.
Existe uma linha tênue entre acreditar que algo vai durar e perceber que, na verdade, já mudou. Eu vivi isso na pele. Liderando o marketing de uma startup em crescimento acelerado, criamos um plano estratégico sólido, pensado para um ciclo de um ano.
Tudo desenhado com cuidado. Confesso: com uma boa dose de otimismo.
O problema? Em menos de seis meses, o jogo virou. O cenário mudou. O que seria executado com fôlego virou sprint. E o plano de 12 meses precisou ser comprimido em metade do tempo.
A lição foi clara: estratégia e tática não são rivais. No mundo real, elas dançam juntas. E o sucesso, muitas vezes, depende de saber ajustar o passo sem perder o compasso.
Marketing não é trono. É palco.
E como no conto do rei nu, acreditar demais que temos tudo sob controle pode nos deixar expostos — e vulneráveis — diante do público. O rei confiava na sua “estratégia”, mas ignorou o óbvio. No marketing, fazer o mesmo é um risco que ninguém pode se dar ao luxo de correr.
Na prática, isso significa uma coisa: estratégias não são tatuagens. São mapas. E mapas precisam de atualização.
Sim, estratégia é mais profunda e duradoura que tática. Mas quando o cenário vira — por disrupções tecnológicas, mudanças de comportamento ou viradas de mercado — essa diferença se dissolve. E tudo vira decisão em tempo real.
E isso não é fraqueza. É maturidade. A capacidade de revisar planos, descartar o que não funciona e pivotar quando necessário é o que separa os profissionais medianos dos grandes estrategistas.
Quantas vezes a gente se apega a ideias porque elas “soam bem”? Um plano de 12 meses parece robusto — até o mundo girar em 3.
Estratégia boa é estratégia viva.
E ela respira melhor quando há espaço para adaptabilidade. Porque no marketing, onde a inovação nunca dorme, as ferramentas e tendências são terreno fértil… mas também são armadilhas. É fácil perder tempo no “como” e esquecer do “porquê”.
Nem toda mudança precisa ser radical. Às vezes, um pequeno ajuste muda tudo.
Talvez a maior lição seja essa: o marketing, como o rock, nunca morreu. Ele só muda o ritmo. Reinventa o som. E exige da gente mais ousadia para seguir relevante enquanto o mundo gira.
Então, Mavericks, te pergunto: você tem revisto suas estratégias com a mesma coragem com que as criou?
Porque no palco dinâmico do marketing, quem para de tocar… sai do show.
Me conta aí nos comentários: qual foi o maior ajuste de rota que você já teve que fazer no meio de uma campanha?
Leave a comment